Confins do Multiverso- Hellboy: Sementes da Destruição



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O que temos aqui é uma Review SEM SPOILERS sobre "Hellboy: Sementes da Destruição".
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Hellboy é, sem dúvidas, o personagem mais importante e conhecido da editora americana Dark Horse Comics, que vive de obras menos "super-heróicas" no disputado mercado de quadrinhos. Fora isto, o personagem vermelho criado por Mike Mignola em 1991 é um ícone dos quadrinhos sombrios e já ganho duas adaptações cinematográficas com uma terceira a caminho. Nessa review, o arco "Sementes da destruição", a primeira grande história do personagem, estará sobre a mira do Hero Strike!, será que o garoto do inferno é tudo o que dizem mesmo?

Na trama de "Sementes da Destruição", quando um ritual místico acontece pelas mãos de um misterioso ocultista nazista durante a segunda guerra mundial, uma porta com o outro mundo é aberta e dela surge Hellboy, um garoto demônio, no meio de um acampamento de soldados americanos que estavam próximos do local onde as palavras de conjuração foram ditas. No acampamento estava Trevor Bruttenholm, especialista em ocultismo que adota a criatura. Cinquenta anos se passam desde o ocorrido e, agora na década de 1990, Hellboy faz parte do Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal, que está responsável por investigar a morte do já mencionado Doutor Bruttenholm, que acontece em circunstâncias no mínimo...sombrias.

Quanto a equipe responsável por esse primeiro arco de histórias de Hellboy, Mike Mignola demonstra grande originalidade e estilo na já clássica arte que compõe sua série de maior sucesso, além de encabeçar o instigante e misterioso plot, enquanto John Byrne, nome que dispensa apresentações no universo da nona arte, fica com o crédito pelo script repleto de narrações profundas e diálogos bem feitos. Para fechar, Mark Chiarello é o nome do colorista responsável pelas cores que caem como uma luva na arte de Mignola.

O desenvolvimento da história segue um ritmo casual que não se estende mais que o necessário. A primeira edição apresenta o protagonista homônimo do quadrinho de maneira convincente e capaz de despertar a curiosidade do leitor para as próximas partes. O segundo ato (edições 2 e 3)  estabelece Hellboy e apresenta novos personagens que são previamente estabelecidos com alguns quadros sobre suas origens, além de muita ação e uma atmosfera sombria de mistério que não te deixa parar de ler. Quanto a conclusão da história, tirando algumas conveniências de roteiro, ela se prova satisfatória e faz um bom trabalho em estabelecer uma mitologia aparentemente rica para a série e deixar um bom gancho para o próximo arco.

A Mythos publicou "Sementes da Destruição" por aqui no volume 1 de "Hellboy Edição Histórica".

Falando um pouco mais sobre os personagens que acompanham Hellboy em sua missão, ambos membros do Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal, temos Abraham Sapien, bom amigo do nosso protagonista e que revela um interessante segredo no decorrer do arco. A segunda e última acompanhante é Elizabeth Anne Sherman, carinhosamente apelidada de Liz que se mostra uma personagem que provavelmente ocasionará grandes histórias no futuro. Por fim, Hellboy, é um personagem carismático e um tanto cabeça quente, com uma certa complexidade em sua mente e origem que temos pistas nas narrações que acontecem durante as cenas de ação escritas por Byrne. 

Com uma arte e cores espetaculares, além de um script intrigante e com bons personagens, Hellboy, nesse seu primeiro arco, prova sua posição como um dos personagens mais famosos das histórias em quadrinhos através de uma ótima história de apresentação. Mesmo com alguns caminhos duvidosos para levar a sua conclusão, "Hellboy: Sementes da Destruição" merece com certeza a atenção dos apreciadores da nona arte.

Nota crítica: 9/10!
Nota pessoal: 9/10!

Texto escrito por Thiago Almeida

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