Klaus, mas não aquele filme da Netflix e nem uma análise

Feliz natal! E muito obrigado por decidir passar ele (ou qualquer dia que seja "hoje" para você) lendo esse texto de qualidade e gosto questionáveis! 

É, todo mundo ama Klaus! Aquele 2D lindo, personagens amáveis e história belíssima! Mas não é desse Klaus que vamos falar durante esse natal. SANGUE, VIOLÊNCIA, FRASES DE IMPACTO E MUITO SUBJETIVISMO. É, meio que não vamos falar desse outro também. HOHOHOHOHO. Feliz natal.

Entretanto, para começar: qual é a desse tal de Klaus todo estranho e violento? Então, Klaus é um título de história em quadrinhos escrito pela lenda viva e multiversalmente aclamado, Grant Morrison e com arte por Dan Mora, ilustrador de algumas edições de Power Rangers. Na história, descrita como "Como Papai Noel começou", vemos, bem, a origem do Papai Noel, direto da mente de Morrison. É. O QUE ESPERAR? Você descobrirá mais para baixo, mas antes mais algumas formalidades técnicas: Klaus foi originalmente publicado pela Boom! Studios em 7 edições, que foram lançadas entre 2015 e 2016 e que depois geraram "Klaus and the Witch of Winter", "Klaus and the Crisis in Xmaville" e "Klaus and The Crying Snowman".

Hoje, falaremos apenas da primeira série e, bem, de uma maneira não muito comum aqui no blog. Ao invés de uma longa e cinzenta análise sobre esse gibi de Papai Noel sangrento, vou escolher 7 momentos muito doidos, esquisitos ou legais e comentar contextualmente de maneira natalina, aleatória e pouquíssimo engajada. Vamos lá!

Santa Morrison

Sim, todos nós conhecemos o Papai Noel. Mas você conhece Grant Morrison? Não quero ser didático contando a carreira dele e tudo mais, todavia, pense bem: se ele faz isso em uma história do velhinho barrigudo de vermelho, imagina o que não faz nas histórias mais autorais?

Caso tenha interesse de conhecer melhor a obra desse autor maluco e incrível, recomendo a leitura de Os Invisíveis (se for maior de idade e, sabe, gostar de maluquices) ou a fase dele nos X-Men (que tem texto no blog feito pelo Mathias!) ou em qualquer outro super-herói clássico. O cara é muito bom.

Eduquem seus filhos

Crianças são crianças, elas ainda não sabem tudo. Mas precisam aprender e, parafraseando o excelente mangá "Lúcifer e o Martelo", de Satoshi Mizukami, "crianças se tornam adultos após muito imitarem os adultos". Não basta apenas falar e ensinar, precisamos também ser. Talvez possamos aprender mais ensinando do que quando tentaram nos ensinar, não?

Os animais são demais

Sempre gentis e sinceros de coração, os animais são seres maravilhosos. Não tem muito o que dizer, animais são demais! Seja legal com os animais!

Um comentário sobre os filmes de ação modernos

Eu sou um grande fã de filmes de ação e fico genuinamente feliz em estar vivo em uma época em que John Wick está sendo lançado. Infelizmente, grande parte dos filmes de ação hollywoodianos seguem uma fórmula muito específica e genérica de produção, com atores bombados, coreografias manjadas e muita, muita câmera tremida. Falta inventividade, coragem e um olhar mais a fundo em storytelling, porque afinal, o que queremos no final das contas é só entretenimento pipoca sobre tiros e chutes? Tá, algumas vezes sim, mas definitivamente não nessa quantidade atual.

Vou deixar aqui algumas recomendações de filmes de ação maneiros: Cassino Royale, todos os John Wick, todos os Grande Mestre, Mad Max: Estrada da Fúria, Atômica e, especialmente, Duro de Matar, o primeiro, que se passa na véspera de natal.

Discordar é muito mais importante do que te disseram

Particularmente, não sou uma pessoa que gosta de conflito. Discutir sempre acaba comigo, não gosto de ter que gritar com as pessoas ou dizer coisas que elas definitivamente não querem ouvir. Porém, isso é essencial. Sociedade decente nenhuma existe sem conflito e choque de visões. Ficar calado quando você acha que algo não está certo, nunca é a melhor alternativa, porque o silêncio é condescendente. Quem não diz nada está concordando, porque não vai fazer que as coisas mudem. Se você acredita que tem algo válido a dizer, diga, se expresse e defenda (com base em fatos, por favor) o que você acredita ser o certo. Em contrapartida, ficar de teimosia sabendo que está errado só atrasa a vida também.

Qual é a dessa hq afinal?

Qual é a dessa hq?... Isso não sei dizer ao certo, mesmo sabendo. É exatamente o que parece ser. Uma origem sangrenta do Papai Noel. Eu gostei? Até que sim. Recomendo? Depende, depende muito. Se você quiser ler uma história legal e sangrenta, te recomendo, mas não necessariamente porque é natal. 

Pro natal mesmo, aí sim recomendo aquele filme homônimo da Netflix. Junta a família e assiste, chama as crianças, mãe, pai, avós, quem tiver, tenho certeza que vai ser uma experiência muito boa, satisfatória e tocante pra todos. Afinal, natal é sobre carinho, amor e paz, e passar bons momentos com sentimentos bons com as pessoas que gosta é o ideal, mas não se sinta mal se passar sozinho. Tenta assistir Klaus do mesmo jeito, é um filme muito bonito e divertido. 

Nosso destino está nas estrelas

"Bem diferente do velho provérbio meu caro, nosso destino está nas estrelas. Então vamos lá procurar por ele".
                                                               - Doctor Who:The Reign of Terror (1964)


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Muito, muito obrigado por dedicar seu tempo a ler essa postagem. Sei que foi a coisa mais estranha que já fiz aqui no blog, mas estou cansado e botei meu coração aqui. Eu, em nome de toda equipe do Hero Strike, te desejo o mais feliz dos natais, com toda a paz, reflexão e amor que possa vir no pacote.

Como esse é meu último texto este ano, quero deixar um recado importante; vou tirar umas férias do blog, umas férias longas. Mas esse definitivamente não é o fim ou coisa do tipo. Eu vou voltar, assim como vocês podem voltar para ler se quiserem. Eu agradeço muito, do fundo do coração, por todo o apoio que tivemos esse ano, que foi incrível para o blog. Obrigado mesmo.

Se você quiser acompanhar mais de perto o que postamos e repostamos, convido a curtir nossa página no Facebook. Pois aqui, aqui eu me despeço. Por hora. Até o próximo ano!

Escrito por Thiago Almeida