Primeiras Impressões: Animes da Temporada de Outono 2022

A temporada de animes este outono está SUUUUUUPER! Com diversas estreias super esperado e novas temporadas de séries animadas queridas, é impossível não se empolgar. No texto de hoje, vou comentar um pouco sobre o primeiro episódio de alguns desses animes!

  

Mob Psycho 100 III

Disponível na Crunchyroll.

E vamos começar por um velho conhecido do blog: Mob está de volta e rumo a sua maior explosão! Nesta terceira temporada que está adaptando os últimos capítulos do mangá, nosso médium favorito encara o maior inimigo de todo jovem (e qualquer pessoa viva no geral): o futuro.

Em época de decidir quais faculdades tentar, quais trabalhos gostaria de ter e que tipo de pessoa quer se tornar, Mob conta com a ajuda de seu mestre Reigen para tentar encontrar uma resposta. O que o aguarda no amanhã? Não saber agora o deixa atrás dos outros? A forma como o tema é abordado durante o episódio nos leva por uma bem humorada jornada de nosso protagonista perguntando para seus conhecidos seus planos enquanto, no fundo, corre a narrativa fantasiosa da série, com o reaparecimento do culto do capacete, formado para adorar Mob nos primeiros episódios da primeira temporada. E Covinhas, um outrora inimigo que se tornou um bom amigo, tem um objetivo misterioso. Por favor, não magoe nosso Mob.

No quesito técnico, a Bones continua chutando bundas metafóricas com sua animação consistente e acima da média, porém, o diretor para esta temporada mudou, com Takahiro Hasui (artista de storyboard em Bungo Stray Dogs) assumindo a liderança. Não dá para tirar conclusões precipitadas, mas o estilo dos trabalhos desse diretor e o que foi apresentado até agora em Mob Psycho 100 III nos faz crer em episódios que são menos experimentais com a animação, mas sólidos e consistentes. Já a nova abertura é padrão mob, braba mesmo.

É muito bom ter Mob Psycho 100 de volta para fechar essa magnífica narrativa, que consegue equilibrar perfeitamente fantasia e cotidiano, drama e humor, técnica e diversão. Mesmo que com um novo nome na direção trazendo sua própria assinatura, a obra original de One tem qualidades excepcionais que dificilmente vão gerar uma reação menor que alegria e satisfação fora de controle. Enfim, é Mob né.


Housing Complex C

Disponível na HBO Max.

Esse anime é bizarro. E não de uma boa maneira... mas vamos por partes. Para começar, este é uma produção original do [adult swim] para seu popular bloco de animes, o Toonami. Nos últimos tempos essas produções originais do canal americano vem se tornando bem comum, com animes de Blade Runner e Shenmue sendo exibidos recentemente, e uma grande promessa em Uzumaki para o próximo ano. Certo, foco Thiago, você precisa... falar de Housing Complex C.

A história acompanha Kimi, uma menina de 9 anos que mora em um complexo de apartamentos que passa a ser assombrado por diversos acontecimentos macabros.

Tem muita coisa errada com essa série, é difícil saber até por onde começar. A narrativa... não é confusa, todavia é preguiçosa como poucas. Você tem que se esforçar muito para comprar que Kimi, uma criança chata daquelas, é adorada por todos do prédio onde mora, principalmente pelos idosos. E a maneira que todo mundo fala nesse anime, só pra expor o que precisamos saber e manter os pontos do roteiro acontecendo não disfarça nada. Antes de uma menina de 9 anos pegar um cachorro mumificado no colo apenas para assustar a amiga da mesma idade eu já tinha desistido de coerência, depois então cada minuto passou como se fosse um dia.

Personagens... são todos incoerentes e só agem como o roteiro necessita que eles ajam. Os temas desse primeiro episódio, as metáforas com ilusão de ótica são confusas e sofríveis. Housing Complex C parece tomar inspiração na mitologia de Lovecraft, bebendo bastante da fonte xenofóbica dela (vinda diretamente do autor original, que foi uma pessoa bem merda). Não tenho ideia de para onde isso vai, mas espero que para algum lugar que não transforme essa série já problemática ainda pior.

O horror cósmico é bem sutil, imagino que vão explorar mais nos próximos episódios (vão ser apenas 4, graças a Kamisama), parece que a produção está tentando dosar com o horror mais escatológico e sangrento... mais uma vez, não sei, esse primeiro capítulo foi bem incoerente e expositivo.

A animação é feia. Tem umas cenas bem animadas de violência, gore e coisas que agradam adolescentes. Basicamente nada que valha a pena destacar de fato.

Housing Complex C é bastante problemático. Seja na sua abordagem para com os temas e inspirações, seja com sua qualidade técnica. Ruim de doer. 


Blue Lock

Disponível na Crunchyroll.

Animes de esporte são legais, mas dificilmente são inovadores. Este não é o caso aqui. Blue Lock é a adaptação de um mangá publicado na Shounen Magazine desde 2018 e traz uma vida nova ao gênero.

Yoichi Isagi é atacante de um clube de futebol do ensino médio que acabou de ser derrotado e não competirá na liga nacional. Ele fica frustrado com seus colegas de time pela derrota, mas ao chegar em casa recebe uma proposta do governo japonês para participar de um grande projeto pelo esporte no país: uma competição onde terá que derrotar outros 299 atacantes de times do ensino médio para se tornar o grande jogador que levará a seleção japonesa ao topo do mundo no futuro.

Trabalho em equipe? Aqui não! Blue Lock segue um rumo completamente contrário (para provar o mesmo ponto) e o grande objetivo do nosso protagonista é ser o melhor sozinho. Fominha mesmo, cita até o Pelé.  A série segue uma lógica de reality show competitivo, com provas que levarão a eliminações até sobrar apenas um. Só teve uma prova no primeiro episódio, mas já deu pra ver que o negócio é bem criativo. 

Nos quesitos técnicos Blue Lock entrega o que promete e a animação é bem fluída quando precisa, com os chutes, cabeceios e momentos mais impactantes e competitivos recebendo um maior carinho por parte dos animadores. O que é uma decisão acertada!

Blue Lock traz vida e gás para um gênero bastante repetitivo. Transformar um mangá de esporte em um reality show bastante bizarro e exagerado se prova um tiro certeiro, um verdadeiro golaço. Agora é continuar acompanhando para ver se todo o potencial que o anime aplica será aproveitado, porque, como o futebol já nos ensinou, nem todas as jovens promessas alcançam a grandeza. 


Chainsaw Man

Disponível na Crunchyroll.

E aquele que todos estavam esperando finalmente chegou! O Homem motosserra de Tatsuki Fujimoto recebeu sua aguardada adaptação pelo super estúdio Mappa e seus maiores nomes. Mas será que ficou tudo isso mesmo?

Denji é um jovem caçador de demônios com uma dívida enorme com a Yakuza e que sonha com uma vida normal ao lado de seu amigo/demônio/cachorro Pochita. Infelizmente nada são flores em sua vida e uma série de desfortunos o levam a se tornar o Chainsaw Man, o homem motosserra! 

Muitas expectativas foram criadas com esse anime. Bom, no começo não. Mas não demorou para Tatsumaki Fujimoto (anteriormente conhecido por Fire Punch) se tornar um dos nomes mais populares e aclamados da indústria com seu mangá repleto de violência, reviravoltas e camadas. Chainsaw Man não demora muito para engrenar, para mim foi uma questão de 10 capítulos ou algo assim. Esse primeiro episódio do anime adapta o primeiro capítulo e é uma boa introdução, mesmo que ainda não nos entregue tudo o que a narrativa é capaz.

Os quesitos técnicos aqui são de encher os olhos. O Mappa entregou. O nível da animação é altíssimo e os modelos CGI e ação estão de outro mundo, não deixam a desejar em momento algum. A trilha sonora é caótica e empolgante, exaltando a carnificina e insanidade que acontece em tela.

A trágica história de Denji é contada em um ótimo ritmo e a fidelidade ao primeiro capítulo do mangá é impressionante, os sentimentos e pesos deste começo de história foram muito bem traduzidos para a tela. Denji é um ser humano complexo, mesmo que superficial. Na verdade, tudo o que ele quer é ser humano, ter uma vida normal, passar geleia num pão. É fácil gostar dele, e acompanhar a jornada de sua nova vida em versão animada já é mais do que uma promessa ou expectativa, mas uma realidade eximiamente concretizada. 


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Nos lemos no próximo texto. Até lá!

Escrito por um Thiago rumo a uma explosão de sentimentos.

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