Review Multiversal: Star Wars Resistance (Episódios 2-4)


Prosseguindo em minha árdua missão de acompanhar e analisar "Star Wars Resistance", nova série animada da franquia, fui surpreendido com 3 episódios que variam de qualidade, usados para nos dar a sensação de cotidiano, apresentar novos personagens, desenvolver alguns relacionamentos, plantar algumas subtramas interessantes e até mesmo começar a desenvolver seu plot principal. Ainda não leu as primeiras impressões sobre o primeiro episódio? Leia aqui! Sem mais delongas, vamos para a(s) review(s).

Nomeado "The Triple Dark", o segundo episódio começa com Kaz, nosso protagonista, tendo dificuldades em se adaptar a sua função/disfarce de mecânico, sucumbindo quanto sua ansiedade com sua missão de espião (na qual também tem dificuldades), causando altas confusões e todo tipo de frase de chamada de sessão da tarde que você possa inserir aqui.

A dinâmica entre os personagens da série é muito boa, todos eles conseguem reconhecer muito bem que Kaz é um bobão.

Com o uso da já clássica dinâmica humano-droide e de alguns outros clichês, o segundo capítulo de Resistance faz bem em ser uma história divertida e que apresenta os vilões, criando uma pontinha de hype no telespectador que tem acompanhado a nova trilogia de filmes. Em questão de desenvolvimento de personagens, conhecemos um pouco melhor Kaz e o que é importante para ele. Algumas boas ideias foram apresentadas, aproveitando o bom conceito da série de se passar em uma estação espacial. Infelizmente, a direção nas cenas de batalhas entre naves são extremamente sem inspiração, o que é uma pena visto que é uma animação de ação com foco em pilotos.

Quanto ao terceiro episódio, "Fuel for the Fire", este usa um modelo de roteiro genérico de animação que os roteiristas americanos devem compartilhar um com os outros: os atuais amigos do protagonista parecem exigentes demais e, por pura "coincidência", surge um grupo que parece AWESOME, porém, as coisas não são o que parecem.

Elijah Wood dubla o personagem Jace Rucklin e, toda vez que ele abria a boca, inevitavelmente me lembrava do Wirt (O Segredo Além do Jardim). É estranho ouvir o Wirt sendo tão babaca.

Este episódio plantou interessantes "sementes de plot", que podem e devem ser exploradas no futuro, com potencial de fundamentar e dar uma mexida legal na série e em alguns personagens. Todavia, o resto do episódio em si foi bem decepcionante. Com diálogos e piadas mais fracas que o normal, não tem muito o que se dizer além de que essa foi uma história contada sem "coração". Tirando o já citado ponto que pode vir a se tornar algo, o episódio não tem nada demais. Ah, e as cenas de ação continuam sem graça.

Uma grata surpresa após 2 episódios "legal-mediano", "The High Tower" começa com um estranho apagão na estação espacial Colossus. O motivo? Capitão Doza está para receber membros da Primeira Ordem para uma reunião. Sabendo disso, Kaz precisa dar seu jeitinho de entrar na torre, onde os pilotos aces e Capitão Doza ficam, para espionar em nome da resistência.

Tudo bem, eu confesso: gosto de romances clichê de séries animadas.

O melhor roteiro desta "leva", com destaque na boa atmosfera noturna e cheia de suspense, apresentação de novos personagens importantes e um pouco mais do backstory de Tam Ryvora, também parte da equipe de mecânicos de Jarek Yeager. Os diálogos e as situações passam muito bem a sensação de que "algo errado está acontecendo", além da interação entre os personagens que já conhecemos estarem ficando mais naturais. O visual do antagonista apresentado neste episódio, Major Vonreg, embora simples, é intimidador e se encaixa com a estética da atual trilogia. Temos também novamente a participação de Torra Doza, filha do capitão Doza e uma piloto ace, que tudo indica que ganhará mais destaque no futuro (assim espero, Kaz e ela possuem uma boa dinâmica). Surpreendentemente e para minha felicidade, esse episódio é bem dirigido!

Em geral, os capítulos mostraram um bom potencial para o futuro da série, com o número 4 até mesmo aplicando muito bem uma atmosfera mais séria com o envolvimento da Primeira Ordem. Os relacionamentos entre personagens continuam em crescente e, com exceção do terceiro episódio, os diálogos funcionam, com as piadas tendo entre 40%-60% de eficiência. A abertura da série é péssima e nada criativa, e não precisava de muito para ser legal, visto que "Star Wars: The Clone Wars" tem uma abertura simples e muito icônica.

Notas:

Episódio 2: "The Triple Dark"
Nota Crítica: 6
Nota Pessoal: 7

Episódio 3: "Fuel for The Fire"
Nota Crítica: 4.5
Nota Pessoal: 6 

Episódio 4: "The High Tower"
Nota Crítica: 9
Nota Pessoal: 9

Escrito por Thiago Almeida

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