Primeiras Impressões: Samurai 8- The Tale of Hachimaru


Como prometido, Masashi Kishimoto está de volta às páginas da Weekly Shonen Jump, para começar uma nova era, junto com a era Reiwa e Akira Okubo! Todavia, será que o raio cairá duas vezes no mesmo lugar e Samurai 8 será um grande sucesso? Isso só o tempo dirá então, por hoje, vamos analisar o primeiro capítulo de seu novo mangá e tentar descobrir!

Em Samurai 8- Tales of Hachimaru, trocamos nossas bandanas e kunais por corpos cibernéticos e katanas, em uma era de samurais cyberpunk. Na história, a galáxia está caminhando para seu fim e caberá há um samurai salvá-la. Em uma escala menor, somos apresentados a Hachimaru, um garoto muito doente e debilitado que mora com seu pai, uma espécie de inventor que faz seu melhor para mantê-lo vivo. É claro que as linhas narrativas se encontrarão.


Falando na linha narrativa, esta segue a fórmula básica dos shonen de batalhas da Jump: o mundo é apresentado, em seguida os personagens e suas dificuldades, direcionando para a porrada e o começo da aventura de fato. Nada realmente novo nesse quesito e, isso pode aborrecer alguns leitores que esperavam que Kishimoto se reinventasse. Não. É o mesmo Kishimoto, são os mesmo clichês.

Sendo o mesmo Kishimoto, é muito bom ver que sua habilidade em criar mundos interessantes não desapareceu, já que o universo dos samurais é muito rico em detalhes e original. A mistura de ficção científica cyberpunk com os tradicionais guerreiros japonenes pode não ser uma ideia muito original (gotta get back, back to the past... Samurai Jack), mas é desenvolvida de uma maneira criativa e atenciosa. Talvez até demais.

O maior problema deste primeiro capítulo está na quantidade de conteúdo jogado no leitor. É MUITA coisa. Muitos conceitos complicados são apresentados de uma única vez, o ideal seria apresentá-los aos poucos, e não todos no primeiro capítulo. Para que todos estes conceitos estivessem presentes de alguma forma, Kishimoto precisou fazer uso de diálogos expositivos. MUITOS diálogos expositivos.


Por outro lado, os personagens apresentados possuem carisma e são gostáveis. Hachimaru é um menino teimoso e com uma sede enorme de conhecer o mundo, além de um coração bondoso. Daruma, que aparentemente será seu Jiraya, é menos intenso, mas sábio e divertido. 

Vamos falar da arte, pois está sensacional. Akira Okubo não decepciona, e entrega páginas repletas de ação, estilo e detalhes. O character design foi feito em parceria com Kishimoto e isso é muito visível, o autor de Naruto é um ótimo character designer e apresenta aqui um de seus melhores trabalhos. Os visuais misturam elementos tradicionais japoneses, com modernos e futuristas, além uma rica atenção aos detalhes que compõem o mundo e corpos dos personagens. 

As cenas de ação, desenhadas por Okubo e com os storyboards feitos por Kishimoto, são claras e de fácil entendimento, um ponto muito positivo para um mangá de batalhas. O senso de humor da série tem seus momentos, porém não consegue amenizar a hiper exposição dos demais diálogos, a propósito, pouquíssimos quadros não possuem texto algum ou deixam apenas os personagens se expressarem. 

Irmãos de flashbacks.

O primeiro capítulo de Samurai 8 não é uma leitura fluída. Muito conteúdo é inserido e apresentado e as coisas acabam ficando confusas, tornando a experiência de leitura um tanto torturante. Entretanto, o mundo apresentado é muito rico, os personagens possuem carisma e os visuais são espetaculares. Mesmo com o começo não muito amigável, Samurai 8 se mostra uma obra com alto potencial de se tornar uma boa história, mas passo a não ter muitas esperanças que se torne um sucesso comercial como Naruto foi.

Nota: 6.5

Primeiro falamos de Mario, depois de Bench. Esta foi a vez do novíssimo Samurai 8. Será que falaremos de Naruto um dia? QUEM SABE, NÃO É!?

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Escrito por Thiago Almeida

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